
A mascote da Borealis é o Boreas, também conhecido por cabeça de bolota.
O Boreas personifica o espírito aventureiro e a boa vida borealis, companheiro incansável das nossas viagens e aventuras, e que tem despertado a curiosidade e o criatividade daqueles que nos acompanham.
Aqui ficam descrições e histórias inspiradoras sobre o Boreas:
Boreas era filho de um lindo e grande Carvalho que certo dia e devido a fortes ventos perdeu todas as suas bolotas, ficando apenas uma, o Boreas Bolota, tal como foi chamado pelo pai logo que nasceu, que por ser demasiado dorminhoco e ter um sono profundo nem se apercebeu de tal tempestade. Quando acordou e deu conta que estava sozinho, o Boreas ficou triste, mas mesmo assim decidiu permanecer durante mais uns dias, pois sentia-se protegido pelo seu pai.
Cansando-se de estar sozinho em tão grande árvore e sem ter com quem partilhar brincadeiras e histórias, decidiu ir embora em busca de amizades e grandes aventuras. Despediu-se do pai, recebeu os bons concelhos dele e uma medalha que vinha passando de geração em geração. Boreas ficou todo contente e colocou-a de imediato ao pescoço para que lhe dera sorte. Com isto, partiu pelo bosque fora cheio de ânimo e esperança de conhecer novas bolotas e assim partilharem as suas vivências.
Passados alguns dias de muito andar, apanhar chuva, calor e alguns sustos lá encontrou outra bolota aparentemente muito tristonha e sozinha. Aproxima-se devagar e diz-lhe:
Boreas – Olá!
Foi-lhe imediatamente respondido um outro olá. Depois deste cumprimento temeroso por parte do Boreas, desencadeou-se um diálogo entre as duas bolotas:
Boreas – Chamo-me Boreas e tu como te chamas?
Turras – Chamo-me Turras!
Boreas – Pareces triste Turras! Que se passa? Estás sozinho?
Turras – Sim, é por isso. Todos os meus amigos quiseram ir embora pelo bosque e eu não tive coragem de ir com eles e decidi ficar, mas fiquei só.
Boreas – Queres alinhar comigo numa partida para novas experiências? Eu também estou sozinho.
O Turras um pouco reticente, visto que já não fora com os colegas por gostarem de pura adrenalina e de desportos mais radicais, responde:
Turras – Eu já não fui com os meus amigos porque não sou muito aventureiro, gosto de coisas mais calmas, fazer grandes passeios, apreciar belas paisagens e conhecer sítios diferentes, mas nada de radical como eram os meus amigos…
Boreas – Então penso que ficas bem comigo. Embora eu goste de um pouco de aventura tu pareces me um companheiro ideal, que dizes? Vens comigo e já não ficas sozinho!
Turras – Está bem Boreas, eu vou aceitar ir contigo…
Boreas – Então vamos? Pelo caminho vamos conversando e já nos ficamos a conhecer melhor…
Turras – Vamos…
E lá partiram os dois rumo a novas descobertas e novas experiências. Duas bolotas cheias de energia e com vontade de conhecer o mundo. Ao Turras tinha-lhe aliviado aquela tristeza por ter aparecido alguém que quisesse partilhar o tempo com ele e sobretudo respeitar os seus gostos, coisa que os amigos não faziam.
Enquanto caminhavam, sem saber bem para onde, foram partilhando o seu passado para se conhecerem melhor. O Boreas ficou admirado com a história do seu novo amigo, pois este tinha tido uma infância muito difícil e de muito sofrimento enquanto que a do Boreas foi calma e cheia de coisas muito boas. Passados alguns dias e depois de caminharem por montes e vales, deslumbrando-se com belas paisagens e passando algumas situações mais complexas e de sobressalto, O Boreas e o Turras tiveram a certeza que a amizade que nascera naquele dia entre eles, era verdadeira e de mútua ajuda. Ambos acreditavam que jamais se separariam. Os dias iam passando e estes dois amiguinhos pensavam em fazer algo para poderem mostrar aquelas belas paisagens que eles já conheciam bem, mas achavam que eles os dois sozinhos não eram capazes e queriam juntar-se com outras bolotas para conseguirem outras ideias. Contudo, continuavam à descoberta e esperavam encontrar alguém que quisesse partilhar essa ideia com eles.
Os dias continuavam a passar e estes dois amigos continuavam a fazer o reconhecimento de novos locais. Desta vez por sítios mais perigosos e de maior aventura, coisa que o Turras não gostava muito, mas com a ajuda do Boreas lá conseguia. Num destes reconhecimentos e numa serra mais calma, avistaram ao longe três bolotas que vinham na direção deles com passo apressado.
O Boreas e o Turras sussurraram:
Boreas – Quem serão? Achas que só andam a passear ou andarão a fazer o mesmo que nós?
O Turras admirado responde:
Turras – Não sei! Perguntamos?
Boreas – Sim, podemos perguntar…
Entretanto foram-se aproximando e o Boreas que era mais atrevido diz:
Boreas – Boa tarde! Tudo bem com vocês?
Ouve-se uma voz do outro grupo:
Xispas – Sim tudo. Andamos a fazer o reconhecimento deste local, pois é muito lindo para dar a conhecer às outras bolotas.
Depois desta resposta, o Boreas parte para a apresentação e todos se cumprimentam. Pois a partir daqui, iniciou-se um diálogo entre os dois grupos, o do Boreas e do Turras e do outro grupo que era composto pelo Fisgas, que era o que estava sempre a pregar partidas, pelo Cascas que era o mais aventureiro e pelo Xispas que era todo cheio de energia.
Boreas – Mas então andam por aqui só para conhecer ou pretendem fazer algo
Cascas – Gostávamos de formar um grupo e mostrar estes belos locais às outras bolotas que gostam de caminhar e da natureza.
Turras – Pois, nós os dois à uns dias atrás tínhamos pensado no mesmo, mas só nós os dois não iriamos conseguir.
Xispas – E se formássemos um grupo com os cinco? Visto que gostamos de fazer o mesmo.
Boreas – Boa Ideia! Seria ótimo!
Fisgas – Boa! Boa! Agora temos que traçar estratégias e organizar os trilhos.
Turras – Podemos distribuir tarefas pelos cinco e tornamos tudo mais fácil.
Boreas – Concordo, mas também temos que conseguir o equipamento…
O Cascas entusiasmado interrompe:
Cascas – Sim! Sim! De primeiros socorros e comunicação!
Turras – Estás muito entusiasmado Cascas?!
Cascas – Sim estou! Adoro aventuras.
Fisgas – Ah! E não podemos esquecer o serrote no material de primeiros socorros.
Ouviram-se gargalhadas.
Xispas – Ok, então vamos lá delinear as tarefas e talvez sem serrote.
Fisgas – Vamos. Ehehehe…
Boreas – À pouco o Cascas interrompeu o meu raciocínio.
Cascas – Desculpa Boreas.
Boreas – Não tem mal. Oiçam: falta-nos uma coisa importante e fundamental!
Xispas – O quê Boreas?
Boreas – Um nome para o grupo! Temos que encontrar um nome que represente a equipa.
Turras – Eu tenho uma sugestão!
Fisgas – Diz! Diz!
Turras – Eu explico a minha sugestão. O Boreas encontrou-me numa fase triste da minha vida e gostava que o nome da equipa tivesse a ver com ele. Afinal foi com ele que tudo começou…
O Boreas admirado interrompe:
Boreas – Obrigado Turras, mas somos cinco elementos e temos que ver se todos estamos de acordo.
Cascas – Espera Boreas, deixa o Turras dizer o nome!
Turras – Sugiro o nome Borealis.
Xispas – Parece-me engraçado!
Turras – Juntei o nome do Boreas ao grande fenómeno ótico conhecido por Aurora Boreal e achei que Borealis se tornaria um nome de força para além de carregar o início de uma história que estamos a construir.
Cascas – Parece-me um nome excelente.
Todos concordaram com o nome, ficando o Boreas emocionado e agradecido pelo ato tão generoso do Turras. Depois de decidirem o nome da equipa, os cinco membros partiram para a reunião afim de traçarem ideias e objetivos e assim despertarem grandes emoções nas bolotas que quisessem participar nas expedições e trilhos por eles organizados.
Levaram alguns dias para pensarem em todos os pormenores e estudarem bem como deviam estruturar o grupo e os eventos. Turismo da Natureza e percursos pedestres era o elo que os unia a todos, tornando a equipa bastante coesa e divertida, sustentando assim, uma base de grande amizade. Começaram então por fazer o reconhecimento de alguns locais que achavam interessantes e deslumbrantes. Ao fazer um reconhecimento observaram uma bolota sozinha que estava em cima de uma rocha a dançar. Olharam uns para os outros, começaram a rir e o Fisgas pergunta:
Fisgas – Dançamos ou vamos até lá?
Cascas – Podemos apreciar um pouquinho mais??
As gargalhadas e brincadeiras no meio de especulações por verem semelhante situação continuavam. Boreas incentivado pelo que via diz:
Boreas – Vamos lá falar com ele.
Aproximaram-se e o Boreas cumprimenta a bolota.
Boreas – Olá! Tudo bem?
A bolota para de dançar, vira-se para o grupo e responde:
Barbas – Tudo! Chamo-me Barbas e vocês quem são? Andam perdidos?
O Boreas apresentou-se e logo de seguida apresentou toda a equipa e explicou porque estavam ali.
Barbas – Interessante. Boreas és o líder? Tens uma medalha e o nome da equipa tem tudo a ver contigo!!
Boreas – Sim, sou o líder, não pela medalha, mas sim porque a estrutura desta equipa começou por mim. A medalha foi o meu pai que me ofereceu para me dar sorte e tem funcionado.
Barbas – Não precisam de mais um membro?! Gosto de animar a malta e fazer rir.
Em sussurros uns com os outros, acharam que seria bastante benéfico juntar o Barbas à equipa. Pois todos eram divertidos à sua maneira, mas o Barbas superava as expetativas.
Boreas – Todos nós concordamos com a tua entrada para a equipa.
Barbas – Hum! Fico contente!
Turras – Já te vamos explicar como tudo funciona e assim ficas a par de todos os eventos que queremos fazer e desenvolver.
Xispas – Até pode ser que tenhas alguma sugestão interessante!
Barbas – Muito bem, vamos a isso!
Explicaram todas as estratégias, formas de trabalho e eventos ao Barbas e lá continuaram. Agora, com mais um membro Borealis, tornando-se uma equipa mais forte e sugerindo momentos inesquecíveis às bolotas turistas que gostam de interagir com a Natureza.
Uma equipa unida pelo gosto da Natureza com uma base de amizade fundamental e experiências muito diversificadas, mas muito importantes para manter a equipa unida.
A missão da Borealis é proporcionar experiências únicas, fazendo despertar nas outras bolotas o interesse pela Natureza.
A equipa Borealis:
Boreas – Líder e aventureiro.
Turras – Apaixonado pela Natureza.
Fisgas – Divertido e aventureiro.
Xispas – Cheio de energia.
Cascas – Divertido e um pouco radical.
Barbas – Brincalhão.
de Rosário Pereira
.
De olhar amendoado na vertical
Dos olhos negros sorridentes
Um Príncipe encantado da Natureza
E parto sempre para a aventura
Em terras de Portugal
Troco saudações risonhas e cúmplices
Sou divulgação, informação, cultura Implacável e imparável.
Agora sou filho da Borealis.
Adoptado
Aonde não falta alegria e organização
De conforto ao sol
De segurança a chuva
Entidade histórica, de eventos
Num atlas de natureza
É a vida do homem ao serviço da essência
Sobre este pequeno planeta
À própria face da terra.
Respeitando com amor a natureza e o próximo
Galga quilómetros de silêncios
Não estraga com mimos
Acolhe com um abraço fraterno e amigo
Ao serviço da preservação
Em rotas de terras firmes, Lusitanas
Sou a Bolota BOREAS … a mascote!
A mascote BOREAS na boa vida BOREALIS
de Júlia Cardoso